Monday, May 07, 2007

Oh yeah...



Deparo-me com a necessidade de tomar decisões, uma vez que a nossa forma de viver é essa mesma, de decisão em decisão. Algumas descendentes de outras tomadas há alguns anos atrás, deixam-me um caminho bem claro para seguir, pois não seguir por ele é como entrar numa tempestade cheia de nevoeiro, em que nunca sabemos o que pode existir lá dentro. Outras, são tomadas e não deixam nada mais para fazer, pois são apenas pequenos atalhos, que nos levam sempre ao caminho principal, e como qualquer atalho, por vezes obrigam-nos a um esforço maior, e embora o local de chegada seja o mesmo, a forma é muito diferente, e isso pode-nos levar a querermos alterar o caminho principal, uma vez lá retornados. Ora bem, neste momento tenho, digamos alguns caminhos principais à minha frente... assim como que três ou quatro auto-estradas, cada qual levando-me para locais incrivelmente diferentes. Este que percorro está a acabar, e por mais que o queira levar adiante, ele está mesmo a terminar, é necessário mudar, pois senão qualquer dia vejo-me ás voltas na rotunda no fim deste caminho. As duas ultimas decisões tomadas, foram relativamente fáceis, pelo menos acredito que eram as mais racionais, lógicas e prometedoras em termos de caminho futuro. Mas, e como em tudo há sempre um mas, existem sempre aquelas outras, que não dependem de nós e por mais que as queiramos tomar, não conseguimos, não queremos, não podemos... enfim, fogem ao nosso controlo e optamos por deixar andar, para ver o que dá, e daí retirarmos talvez o que sempre esperámos... mas e se isso não suceder? E claro, que existem repercussões no caminho... pensamos que não, que são coisas apenas, mas essas coisas apenas, levam-nos a por vezes percorrer o caminho de um lado pro outro, ao invés de irmos andando em frente. Isto tudo para dizer o que exactamente... tenho caminhos para percorrer que fujo deles há tempo demais, e eu sei que só através deles fujo à rotunda interminável... penso sempre que há tempo para o fazer... mas quer queiramos quer não, um dia vivido é um dia mais perto de morrermos... e isto não tem qualquer pessimismo, é apenas um facto real e incontornável da nossa vida. Como diz um grande filósofo, "O segredo não é viver muito, mas sim adiar a morte". Pelo que adiando essa morte o maior número de anos possível, ainda assim ela chega, pelo que talvez seja a minha altura de olhar para estas três ou quatro opções, agarrar-me a uma delas e ver onde vou... sabendo que mais decisões terão de ser tomadas, e todas elas são minha responsabilidade, pelo que resta-me viver com elas da melhor maneira possível. Isto não é um discurso pessimista, volto a dizê-lo, quem me conhece sabe o quão lógico e realista eu eu costumo ser... não me movo por repelões, vivo com o que tenho, da forma que o posso ter, tento traçar uma linha, e seguir o mais perto dela possível... certa ou errada, é a minha forma, acredito em mim, na minha forma de viver... ainda assim fica aquela coisa, mas e se eu fosse de outra maneira? Temos pena... não sou, e tudo o que de melhor tive, foi não sendo de outra maneira... acho que ando a viver tempo demais sem ser eu próprio...talvez se o for...